Autor do best-seller Dez lições para o mundo pós-pandemia explora as revoluções — passadas e atuais — que definem a era polarizada e instável em que vivemos
Fúria populista, fratura ideológica, impactos econômicos e tecnológicos, guerras e um sistema internacional repleto de riscos catastróficos — as primeiras décadas do século XXI podem ser consideradas o perÃodo mais revolucionário da história moderna. Mas não é o primeiro. Os seres humanos já passaram por alguns realinhamentos — e prosperaram. O que são essas revoluções e como elas podem nos auxiliar a compreender o nosso mundo em constante ebulição?
Nesta grandiosa obra, Fareed Zakaria investiga as eras e os movimentos que abalaram normas e moldaram o mundo contemporâneo. Três desses perÃodos contêm lições profundas para os dias atuais: nos PaÃses Baixos do século XVII, uma série de fascinantes transformações tornou o paÃs de pequenas proporções o mais rico do mundo e criou a polÃtica como a conhecemos; no século XVIII, a Revolução Francesa destruiu seus filhos ideológicos e deixou um legado sangrento que nos assombra até hoje; e a mãe de todas as revoluções, a Revolução Industrial,
catapultou a Grã-Bretanha e os Estados Unidos para o domÃnio global, instituindo o mundo moderno.
À luz dessas históricas mudanças de paradigma, Zakaria analisa então quatro revoluções atuais: globalização, tecnologia, identidade e geopolÃtica. Apesar de todos os benefÃcios, a globalização e os avanços tecnológicos produziram grandes perturbações e uma ansiedade generalizada sobre o que se entendia por identidade — e a identidade é o campo de batalha em que se travam as polÃticas polarizadas deste século. Tudo isso ocorre no contexto de uma revolução geopolÃtica, tão profunda quanto a que alçou os Estados Unidos à potência mundial no fim do século XIX.
Combinando alcance intelectual, uma visão histórica consistente e uma presciência extraordinária, Zakaria revela que, embora estejamos no meio de quatro revoluções sÃsmicas, o pessimismo é prematuro. Se agirmos com sensatez, a ordem internacional liberal poderá ser renovada e o populismo, relegado ao amontoado de cinzas da história.